Calonectris diomedea borealis
O Cagarro é a ave marinha mais abundante nos Açores, totalizando cerca de 97500 casais reprodutores. A população nidificante açoreana representa 74% da população mundial da subespécie Calonectris diomedea borealis e 52% da espécie Calonectris diomedea. Para além dos Açores, esta ave nidifica também nos arquipélagos da Madeira, Berlengas e Canárias.
A envergadura das asas do cagarro varia entre 100 e 125 cm. As fêmeas pesam em média 780 g. Os machos são maiores do que as fêmeas e aproximam-se das 900 g.
Esta ave nidifica ao longo do litoral de todas as ilhas e em alguns ilhéus, incluindo sectores inacessíveis em falésias. Para fazer o ninho escolhe preferencialmente cavidades naturais e fendas na rocha
O ciclo reprodutor tem uma duração de quase 9 meses, estendendo-se desde finais de Fevereiro até finais de Outubro, e apresenta grande sincronia entre as diferentes fases.
O seu voo é caracterizado pelos poucos movimentos de asas e pela agilidade com que rasa as ondas. Em contrapartida, quando aterram e têm de se deslocar em terra são muito desajeitadas.
O grande declínio que as suas populações mundiais registaram nas últimas décadas levam a considerar esta espécie como vulnerável.
Texto retirado de :
Departamento de Oceanografia e Pescas, Universidade dos Açores
PT-9901 862 HORTA, Portugal
A iluminação pública é sem dúvida um bem das sociedades modernas que veio trazer melhores condições de vida às populações. Mas na nossa ilha e mais especificamente nas zonas balneares e nesta época do ano, passa a ser um entrave ao normal voo dos cagarros que com a iluminação ficam desorientados, acabando muitas das vezes por cair no solo imobilizados após terem embatido em postos de iluminação pública e imóveis.
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